Em 2008 levei a minha última exposição sob a designação de Espaço Imaginário II até ao Artever, Associação de Artistas Plásticos da Amadora, da qual fazia parte há 24 anos. O meu catálogo foi concebido e escrito pelo Artista Plástico José Mourão que nele colocou algumas palavras:
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quinta-feira, 29 de março de 2007
Em 2007, fiz a minha 3ª Exposição Individual seguida. Foram 3 anos difíceis. Como a minha profissão no activo , não é ser Artista Plástica (isso sou-o em corpo e alma),cheguei a trabalhar 12 horas seguidas aos fins de semana e outras tantas horas aos dias de semana durante esse tempo.
Consegui fazer na Câmara da Arruda dos Vinhos a minha 2ª Exposição Individual nessa localidade. O novo Espaço de Exposições era lindo e os trabalhos antigos e os recentemente criados funcionaram muito bem no espaço.
Consegui fazer na Câmara da Arruda dos Vinhos a minha 2ª Exposição Individual nessa localidade. O novo Espaço de Exposições era lindo e os trabalhos antigos e os recentemente criados funcionaram muito bem no espaço.
O título da Exposição foi "Espaço Imaginário" : Inicia-se com esta exposição um ciclo de trabalhos dedicados a uma cidade perdida e reencontrada no tempo, Pompeia. Esplendor e decadência dão origem a um espaço pictórico que, flutuando no tempo, nos fala de famílias, hábitos sociais, crenças e paixões. Dum tempo em que as paredes nos segredam e contam infindáveis histórias.
domingo, 26 de março de 2006
Em 2006, convidaram-me para expôr na Biblioteca Municipal de Belém.
Recordo especialmente essa Exposição pois fiz a minha primeira Intervenção. Decidi criar e colocar um suporte no chão e inseri nele uma espécie de tijolos criados pacientemente por mim, manualmente, um a a um. Neles, escrevi muitas palavras que nos rodeiam na mente e no exterior.
Palavras "ditas", "não ditas" ou, então, sómente vividas.
A preocupação premente pelo irradiar colapsado de guerras intermináveis, de amores imbecis, de ausências sentidas, de sentimentos austeros e ricos viriam de mãos dadas a um placar que, para o efeito, também coloquei na parede escrito intencionalmente letra a letra por mim.
Por último decidi ofrecer aos presentes um testemunho pictórico a cada uma das almas que lá estiveram comigo. Pequenas frases ou interrogações colocariam de novo o visitante a questionar-se.
Recordo especialmente essa Exposição pois fiz a minha primeira Intervenção. Decidi criar e colocar um suporte no chão e inseri nele uma espécie de tijolos criados pacientemente por mim, manualmente, um a a um. Neles, escrevi muitas palavras que nos rodeiam na mente e no exterior.
Palavras "ditas", "não ditas" ou, então, sómente vividas.
A preocupação premente pelo irradiar colapsado de guerras intermináveis, de amores imbecis, de ausências sentidas, de sentimentos austeros e ricos viriam de mãos dadas a um placar que, para o efeito, também coloquei na parede escrito intencionalmente letra a letra por mim.
Por último decidi ofrecer aos presentes um testemunho pictórico a cada uma das almas que lá estiveram comigo. Pequenas frases ou interrogações colocariam de novo o visitante a questionar-se.
domingo, 20 de março de 2005
Em 2005, realizei uma Exposição Individual no Centro de Documentação em Lisboa, para a qual escrevi por primeira vez um Texto para o catálago da exposição. Nunca gostei muito de escrever sobre a minha pintura. Gosto que as pessoas sintam o que têm a sentir com ela, sem palavras adicionais, mas a mudança grotesca da sociedade e os comportamentos a ela associados levaram-me a isso.
A falta de compreensão, partilha e união tornam-se, inevitavelmente, uma consequência. Cabe a cada um dos presentes questionar-se se pretende, ou não, procurar uma mudança, uma transformação (em si), que o leve a partilhar uma nova filosofia e um novo estado de existência: o da harmonia e equilíbrio.
Na sequência do que foi anteriormente mencionado, visionam-se aqui três etapas de trabalho.
Numa primeira fase, elementos arquitectónicos sustentados por referências (à cidade de Veneza) e conceitos (como o da inteligibilidade) reforçam a importância dos ensinamentos dos antigos. A simplificação das formas, inclusive das cores e do seu tratamento, enfatizam um estado de despojamento e pureza: o estado primitivo das coisas.
Numa segunda fase, a intervenção de figuras mascaradas, envolvidas por uma forte gama cromática, convidam-nos à observação e contemplação. Entenda-se, aqui, observação como aquilo que vemos, e contemplação como aquilo que acabamos por descobrir quando nos envolvemos com o que vemos. O uso da figuração, cores fortes e pinceladas fluidas apelam, então, para diferentes dimensões: para o mundo exterior e interior, objectivo e subjectivo; para o que somos e deveríamos ser; para o que vemos e deixamos de ver; para o que somos e não somos; em suma: para a possível transformação.
A terceira, e última fase, nasce da admiração e influência do pensamento tradicional oriental. Mediante os ensinamentos dos antigos sábios e da prática de Artes Marciais, desvela-se a Natureza enquanto essência (de cada um - natureza individual) inserida numa grande Mãe Natureza (natureza exterior). Do equilíbrio e respeito por ambas dependerá, precisamente, a nossa mudança e evolução como seres humanos e sociais.
O Sentido da existência e a dualidade ocidental entre homem e natureza constituem, nesta exposição, as principais interrogações. A vivência numa sociedade que apela para o domínio, a conquista e a posse, em detrimento de valores como a humildade, o respeito e a espontaneidade, afastam-nos cada vez mais da Mãe Natureza, enquanto entidade não artificial (e não material), e da nossa própria Natureza enquanto seres puros e verdadeiros.
A falta de compreensão, partilha e união tornam-se, inevitavelmente, uma consequência. Cabe a cada um dos presentes questionar-se se pretende, ou não, procurar uma mudança, uma transformação (em si), que o leve a partilhar uma nova filosofia e um novo estado de existência: o da harmonia e equilíbrio.
Na sequência do que foi anteriormente mencionado, visionam-se aqui três etapas de trabalho.
Numa primeira fase, elementos arquitectónicos sustentados por referências (à cidade de Veneza) e conceitos (como o da inteligibilidade) reforçam a importância dos ensinamentos dos antigos. A simplificação das formas, inclusive das cores e do seu tratamento, enfatizam um estado de despojamento e pureza: o estado primitivo das coisas.
Numa segunda fase, a intervenção de figuras mascaradas, envolvidas por uma forte gama cromática, convidam-nos à observação e contemplação. Entenda-se, aqui, observação como aquilo que vemos, e contemplação como aquilo que acabamos por descobrir quando nos envolvemos com o que vemos. O uso da figuração, cores fortes e pinceladas fluidas apelam, então, para diferentes dimensões: para o mundo exterior e interior, objectivo e subjectivo; para o que somos e deveríamos ser; para o que vemos e deixamos de ver; para o que somos e não somos; em suma: para a possível transformação.
A terceira, e última fase, nasce da admiração e influência do pensamento tradicional oriental. Mediante os ensinamentos dos antigos sábios e da prática de Artes Marciais, desvela-se a Natureza enquanto essência (de cada um - natureza individual) inserida numa grande Mãe Natureza (natureza exterior). Do equilíbrio e respeito por ambas dependerá, precisamente, a nossa mudança e evolução como seres humanos e sociais.
A ligeireza do carvão, as cores fortes e suaves em uníssono, as noções de espaço, o uso de elementos metafóricos (como a linha ou a montanha) manifestam essa preocupação e libertam-se numa procura. A procura pela desconstrução de ideias e artificialidade das coisas; a procura por uma nova consciência; a procura pelo equilíbrio, pureza, clareza e verdade dados pelo desenvolvimento da espiritualidade.
Marisa Noblejas, Fevereiro 2005
Nesta Exposição também fiz questão de realçar as palavras do Mestre de Artes Marciais Chinesas, Dr. Yang, Jwing-Ming , palavras que todos deveriamos escutar uma vez na vida .
Muitas vezes por elas optei por ficar na "minha montanha". À medida que vou conheçendo o ser humano, vou descubrindo uma fealdade anti-natura. anti.sensibilidade. anti-vera sabedoria . «Quando nascemos ainda fazemos parte do mundo natural, sem a contaminação do pensamento humano. Somos tão verdadeiros como os animais e pássaros e não sabemos mentir ou enganar. A Natureza é sempre verdadeira. Sempre foi e sempre será.
(...)
Não devemos ter medo do riso nem da crítica. Se não conseguirmos ser verdadeiros nesta sociedade então teremos de nos esconder nas montanhas.»
Dr. Yang, Jwing-Ming, Junho 1999 (Citação)
Com base nos ensinamentos do Mestre Yang e nos princípios por ele formulados, dei título e orientei a criação de vários trabalhos presentes nesta Exposição: "Força de Vontade", "Honestidade", "Respeito", "Humildade" e "Lealdade" assim o exemplificaram.
Nesta Exposição também fiz questão de realçar as palavras do Mestre de Artes Marciais Chinesas, Dr. Yang, Jwing-Ming , palavras que todos deveriamos escutar uma vez na vida .
Muitas vezes por elas optei por ficar na "minha montanha". À medida que vou conheçendo o ser humano, vou descubrindo uma fealdade anti-natura. anti.sensibilidade. anti-vera sabedoria . «Quando nascemos ainda fazemos parte do mundo natural, sem a contaminação do pensamento humano. Somos tão verdadeiros como os animais e pássaros e não sabemos mentir ou enganar. A Natureza é sempre verdadeira. Sempre foi e sempre será.
(...)
Não devemos ter medo do riso nem da crítica. Se não conseguirmos ser verdadeiros nesta sociedade então teremos de nos esconder nas montanhas.»
Dr. Yang, Jwing-Ming, Junho 1999 (Citação)
Com base nos ensinamentos do Mestre Yang e nos princípios por ele formulados, dei título e orientei a criação de vários trabalhos presentes nesta Exposição: "Força de Vontade", "Honestidade", "Respeito", "Humildade" e "Lealdade" assim o exemplificaram.
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